sábado, 26 de dezembro de 2009

DES ( ALINHAMENTO) ALINHADO


Neste período de descobertas do que seria a educação somática, de como se daria durante o semestre, foi também um período de descobertas no meu corpo, nos pensamentos,nas emoções e nas sensações.
Todos os textos lidos e discutidos em sala de aula me deu uma base enorme sobre este tema e me fez refletir em tudo o que lemos e discutimos.
Muitos dos textos me levaram ao grande problema...que na verdade não sei se devo chamar de problema que é o meu desalinhamento JOELHOS E PÉS que com algumas possibilidades foram causados no decorrer da minha infância, nos períodos de aulas de dança de balé com pessoas que não sabiam muito sobre..uahsuahsuahsuh. Durante as discussões falamos muito no esforço que fazemos no dia dia para nos manter mos na postura..e como aquilo vira um hábito na nossa vida.
Durante as seqüências que fizemos, o meu maior desafio era o alinhamento, no inicio eu fazia tanta força para me manter alinhada que comecei a sentir grandes dores nos joelhos e nos pés, perguntei a fisioterapeuta o porque das dores..se eu estava fazendo muita força..e ela disse que sim..eu fazia uma força desnecessária por que a rotação da coxa era mínima...e não o tanto que eu fazia, depois todas as dores insuportáveis desapareceram.

Os exercícios de aquecimento e de acordar o corpo é sempre os melhores pra mim..neles não faço tanto esforço como as seqüências..porém a tenção em relação ao alinhamento é bem maior.
Fizemos muitos exercícios usando algumas técnicas de Tai Chi Chuan, e na execução deles já tive várias sensações, tinha dias que sentia muita paz , era tranqüilizante pra mim, era um tempo de ficar sossegada apenas respirando tranqüilamente e fazendo os movimentos bem leves e contínuos. Mais no ultimo dia que fizemos o exercício do Tai chi, me deu uma louca, era um dia já muito agitado, não tava nem um pouco afim de ficar fazendo aqueles movimentos, não queria controlar e nem pensar na minha respiração, não queria ficar preocupada com meu alinhamento, estava muito irritada, com muita raiva e queria fazer qualquer coisa menos isso, e bem nesse dia Renata coloca música pra acompanhar..aiiiiinn que raiva, vontade de chorar, vontade de sair correndo da sala e não voltar mais ali, fiquei com uma angustia nesse dia queria ser a pessoa mais racional do mundo, e a menos sensível.

As seqüências do Bertazzo foi muito bom, uma delicia de fazer, cada trabalo que fizemos foi muito válido pra mim, todas as seqüências, todas as posições feitas dava pra ver o quanto o corpo estava trabalhando, os alongamentos que as seqüências nos permitiam fazer eram ótimos,deu pra perceber quanta dificuldades ainda tenho, o quanto devo trabalhar abdômen..uashuahsuh
Cada vez que fazíamos e iamos aumentando as seqüências as dificuldades eram maiores, pois cada vez os detalhes se destacavam mais, tanto em relação a posições mãos, cabeça, pés, quadril, isso tudo eram detalhes que não podiam esquecer, e também uma dificuldade que era de deixa- los no lugar correto.

Pra mim este semestre se resumi no meu esforço de me manter alinhada, e de correr atrás da postura correta, tanto utilizando o que aprendi nas aulas de educação somática quanto o que estou aprendendo com o RPG e agora com o pilates, fiz e ainda tenho feito links com tudo o que tenho visto até hoje na facul, e que tem me ajudado a compreender e escutar melhor o meu corpo.


Este período foi de muitas trocas de experiências já vividas e também não vividas, de muitas superação, de muito esforço e garra.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

(Des) Organizadamente me descobrindo

A minha experiência na
disciplina
de Educação Somática foi infinitamente importante, tanto para a
conscientização
das minhas limitações e desalinhamentos, quanto para o meu
trabalho como um
todo. No decorrer do semestre 02/2009 vivenciamos através
de discussões e
práticas, algumas das técnicas desenvolvidas dentro da
proposta da Educação
Somática.






"A Educação Somática é um
campo
teórico prático que reúne diferentes métodos cujo eixo de pesquisa e
atuação
é o movimento do corpo no espaço como uma vida de transformação de
desequilíbrios mecânico, fisiológico, neurológico, cognitivo e/ou afetivo de
uma
pessoa".


(http://www.movimentoes.com/page-2p.htm)





Além dos vários estudiosos
estrangeiros
como Moshe Feldenkrais com o Método Feldenkrais, Frederick Matthias
Alexander
com o Método Alexander, Gerda Alexander com a Eutonia, e tantos
outros, o
foco das nossas vivências práticas esteve voltado para o trabalho de
um
brasileiro: Ivaldo Bertazzo - bailarino desde jovem, resolveu aliar a
fisioterapia aos conhecimentos em dança para criar o "Método Bertazzo" e
através
dele ampliar no aluno a consciência, a autonomia e a estrutura
próprias do
movimento, aplicando assim, o conceito que chamou de "cidadão
corpo". Segundo
Bertazzo "no corpo, operam-se sempre nossas transformações;
ele é nosso primeiro
instrumento, nosso primeiro limite, e nos ensina o
senso primário de organização
e desorganização".






E foi tentando me organizar
que descobri completamente
desorganizada!







Tantas informações: encaixe o
quadril, faça o arco
transverso dos pés e não se esqueça das mãos, distancie uma
escápula da
outra, distancie a primeira vértebra cervical do cóccix - aloooonga
a coluna
, cuidado com os ombros, e os joelhos alinhados com os
pés...




Ainda
me esforço para que o
trabalho seja completo, mas sei que é a prática que
vai me levar à compreensão e
assimilação de tantas informações, por isso
mesmo o nosso trabalho durante o
semestre tendo sido de tanta importância
para mim, só conseguirei perceber seus
reflexos efetivamente no meu dia a
dia a partir do momento que as práticas
vivenciadas façam também parte do
meu dia a dia.




Me
desorganizando para me
ORGANIZAR!!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Educação - Reeducação






A experiência em Educação Somática foi, para mim, a continuação de uma re-educação corporal. É curiosa a sensação presente de que eu teria tanto o que dizer aqui, e no entanto, nestes dias, ao me deparar com a “entrega” deste post combinada previamente sinto-me esvaziada. Talvez tenham sido tantas as tensões no fim do semestre conturbado, que agora podendo respirar mais tranqüilamente sinto-me um pouco vazia de tudo, e precisando estar... vazia ....deixando que tudo que foi vivenciado ecoe e se assente de uma forma não tão organizada ainda e mais instintiva.

Dizem que o corpo tem uma memória, e que o que a gente vive vai sendo internalizado e vai nos imprimindo “marcas” - o corpo vai sendo sabedor do que praticamos; mas no que se refere ao que vivenciamos na prática e na teoria no decorrer do semestre, tenho a necessidade de pensar na continuidade prática e possivelmente gosto de pensar em compartilhar as redescobertas do corpo com outras pessoas; acredito que essa reeducação transforme a vida da gente pra muito melhor.

O primeiro contato com o método de Ivaldo Bertazzo foi através de um vídeo da filmagem do “Milágrimas” ( espetáculo de dança) anos atrás, em Campinas...mas eu nem sabia de quem se tratava, só achei muito bonito o que vi; depois a oficina em Uberlândia no ano passado, ainda assim o que mais me chamou a atenção não foi especificamente o trabalho de educação somática, mas o que este homem conseguia através dela, colocar tantas pessoas diferentes para dançar uma coreografia, que embora simples, me parecia quase impossível no início. O trabalho rítmico, com a coordenação motora, envolvendo palmas, deslocamento em duplas; e uma caminhada que me fez começar a repensar a minha relação corporal com ( não contra) a gravidade, ainda uso as imagens no subir de escadas ou quando me lembro.

A palavra DESCOMPRESSÃO me ajudou muito a compreender a proposta da educação somática, e mesmo alguns outros trabalhos corporais para teatro em que usamos a imagem de linhas que puxam pra cima e pra baixo. Trouxe-me muito alívio descobrir isso, acho que todo mundo tem que experimentar essa sensação de se sentir ao mesmo tempo “descomprimida” ( criar espaço entre vértebras; “crescer”; expandir para todas as direções) e acolhida ( pensado nas linhas de dentro e de fora que desde o útero nos dá o acolhimento). Pensando na ideologia da descompressão me vem a constatação da “descompreensão” do ser humano em relação ao próprio corpo - a imagem de corpos comprimidos, idéias comprimidas, sensibilidades comprimidas, potenciais de expressividades comprimidos, vivemos nos comprimindo para nos ajustar às convenções sociais – escola, trabalho, família – e não é que eu esteja tentando colocar o homem como vítima de “sistemas” cruéis...acho que o que comprime é o desconhecimento sobre si, e acho que este conhecimento começa no corpo, tenho acreditado nisso.

Os arcos do pé ( papagaio) e das mão já haviam sido trabalhados em momentos anteriores, na disciplina Expressão 1, tive mais descobertas em relação à lombar, e estou obcecada nisso,!!!!! Não consigo esquecer, assim como era com os meus joelhos quando cursei consciência corporal. Entendo agora porque por diversas vezes em que me pediram que eu “encaixasse” o quadril, eu fazia a força e nunca parecia estar encaixado. O exercício que fizemos com o pano, pensando as linhas ( frente e costas) foi muito bom para a compreensão do incômodo na lombar, e se antes eu pensava na aproximação do ísquios, e em levar a púbis para cima, agora, com a leitura dos textos, e práticas eu penso em toda a coluna, até no alinhamento do pescoço ( deixar o queixo paralelo ao chão alongando a cervical), trazendo a idéia da descompressão.

O trabalho feito com as costelas ( usando a imagem das alças de balde) foi difícil para mim também porque meu tórax é mais indiferenciado que o resto do corpo, em outras palavras, tenho uma consciência menor na separação de costelas, escápula, clavícula; não sinto dor, no entanto nas sensações essas partes são mais confundidas entre si. Nas costelas a dificuldade foi no exercício de respiração em dupla, ele causou muita ansiedade, não sei se pelo fato de estar sendo tocada na região, uma sensação de alívio quando havia a pressão da mão que abaixava “as alças” na região do peito, misturada com um incômodo, misturada com a sensação que seguia de que a pressão me fazia descobrir um movimento que eu não conhecia tão bem, e que fazia a minha respiração expandir.

No Tai Shi, os movimentos dele que praticamos me traziam extrema concentração, sensação de abertura pro trabalho, quase sentia como se a bola entre nossas mãos fosse concreta, e ali no deslocamento que aliava respiração e movimento, com o passar dos minutos tinha a sensação de que o meu corpo todo respirava, muito boa, pretendo começar a fazer Tai Shi e acredito que para o ator seja um excelente exercício, e muito pela concentração que ele traz, pra mim que tenho a mente mais dispersa é muito bom; a seqüência desta prática que fazíamos no início das aulas é algo que pretendo adotar, me traz uma disponibilidade corporal ainda que seja simples, confundo os momentos dos “tapas”, mas estou conseguindo lembrar quase inteira!!!

Quanto às outras 3 seqüências e variações, não sei se é o objetivo deste trabalho descrevê-las objetivamente, mas acredito que seja mais válido falar do que repercutiu mais e de nossa relação com elas.

A primeira delas foi excelente pelo meu incômodo da lombar, dificuldade em manter o alinhamento do quadril e alongamento de perna e braços, foi a que mais pratiquei, retomando em algumas outras aulas e ensaios por conta própria, é intrigante que mesmo que pareça tão simples, tenha que me concentrar bem pra fazer, para não confundir o braço que devo esticar quando volto da “caída”. A segunda seqüência, que traz a consciência do famoso Psoas, me fez descobrir que, desde a postura inicial, em que estamos com todos os arcos montados e atenção nas 2 linhas, até a virada...um certo encurtamento desse músculo, descobri ao conversarmos, quando a Bebel e a Renata disseram que ao levantarmos uma perna se a outra viesse junto era por causa desse encurtamento, parece que pelo que foi dito, só há como alongar se alguém segurar a perna debaixo; é também uma seqüência ainda mais simples que a primeira, mas facilmente esquecia detalhes, como o alinhamento do pescoço em relação ao chão, quadril e ombros etc...por isso o olhar de fora era muito importante, porque me fazia perceber o que realmente estava sendo proposto.

Finalmente, a terceira seqüência me trouxe maiores desafios pela falta de tônus no abdômen, a consciência de uma nova limitação, algo a ser trabalhado, aquela subida pelo abdômen, pensando em todas as direções, sem o uso do impulso....ainda chego lá.

Houve também um aprofundamento maior do meu conhecimento sobre Klauss Viana e a expressividade através da consciência somática, no dia de improvisação com base em algumas partes do corpo, foi bárbaro o estímulo musical que me fez ir do Tai Shi, algo tão oriental ao “Taishi Africano” com ritmos de tambor.

Tenho me observado continuamente em relação a esta reeducação e proposta de Bertazzo ( principalmente porque sei que existem algumas diferenças entre as linhas de educação somática), também tenho me flagrado observando outros corpos; voltei a pensar no eixo, sobretudo parece que tenho uma tendência de jogar a parte superior um pouco para frente, deixando o quadril um pouco atrás, como a gente faz quando lava a louça ( aprendi observando a Deuci que trabalha aqui em casa ), levar essa parte superior na direção da parte inferior, ou o contrário ( como se estivesse todo o corpo na prontidão do passo) alivia o meu incômodo na região lombar, e me traz uma sensação de alinhamento maior. Observo corpos diferentes em momentos diferentes, isso também me faz aprender, como quando fui a um baile de dança de salão em que minha madrinha dançaria, pensei que as bailarinas de dança de salão precisam de uma compensação na lombar, já que trazem a parte superior para perto dos parceiros e a parte inferior, a das nádegas, para traz e para cima.

Concluindo então, subitamente....esta é a minha contribuição, espero que tenha sido interessante....feliz natal para todos, foi muito gostoso trabalhar ao lado de vocês.

Corpos que se tocam



A disciplina foi um grupo de estudo sobre organização de um corpo vivo e consciente, e principalmente um estudo de si próprio, a evolução de cada um e suas descoberta. Um misto de teoria e pratica (primeira disciplina que ao meu ver, soube conciliar bem essas duas ). As leituras deram um norte ao nosso estudo, complementavam e auxiliavam a coompreenção dos exercícios, alguns deles eram só realmente compreendidas após a roda de conversa, atravez de vários e diferentes olhares.

Convivemos com novidades corporais. A percepção das curvas do corpo (umas curvas em excesso e a falta de curvas). O pé de papagaio, nova descoberta, o apoio de uma criança. O trabalho dos arcos corporais, todos nas sequência “Arcos” do Bertazzo. Aceitação dos limites corporais, mas também a consciência de poder ultrapassar estes. O alinhamento e organização do corpo como principal fator para se conseguir o equilíbrio (ou será o contrario? Alinhamento+equilíbrio=organização ou organização+equilíbrio=alinhamento).

Mas, de tudo que vivenciamos, o contato humano foi extremamente essencial, a possibilidade de contato e a sensação de proteção, auxilio, relação, ligação, é importante exercícios que provocam essas relações sem ter o objetivo diretamente focado a isso. Os exercícios que mais me marcaram foram o que fizemos na escada, a mobilização de cabeça e a percepção da cintura torácica na respiração, exercícios mais parados com presença de um “cuidador” me provoca emocionalmente, consigo prestar atenção na organização e ter mais sensibilidade corporal . Eles despertam a confiança de ambas as partes e o estudo por contato e percepção da temperatura, respiração, tensões entre outros...

A disciplina me trouxe o desejo de trabalhar mais o corpo.

Auto-organização do meu corpo

Educação Somática – senti um estranhamento quanto a esse nome quando escolhi como optativa, mas ao mesmo tempo tive uma ponta de curiosidade de fazer a disciplina no Teatro quando tive a informação que ela trabalharia teoria e prática de uma consciência através do corpo.

No início das aulas, apesar da situação de ser uma estrangeira do curso já consistir em um grande desafio, estudar mais meu corpo sempre foi uma busca consistente que me faz relacionar melhor com o mundo e com mim mesma.

O corpo aprende na ação. A Re-educação do meu corpo significou estar atenta a uma busca do equilíbrio entre corpo, consciência, meio ambiente e os movimentos conscientes para com este. Convoquei-o enquanto experimento sensível, no qual emergiu em mim uma percepção de consciência corporal que antes passava despercebida.
























Por meio de um curioso e intrigante estudo através do corpo utilizamos em sala técnicas corporais que objetivaram o desbloqueio de moldes padronizados de uma herança organizacional criada pela nossa existência mediante o espaço e o tempo, despertando o corpo para uma sensação de alinhamento pensando numa re-padronização a partir de estímulos que neutralizam um corpo ainda insensível.

As técnicas corporais utilizadas inicialmente foram a do método Bertazzo, que tinham como objetivo trabalhar o alinhamento e alongamento de espaços internos para promover um equilíbrio e controle do corpo. O trabalho com o arco transverso, nosso primeiro contato com a prática, base do trabalho do equilíbrio de tônus foi um ponto chave para sensibilizar outras regiões inter-racionais simultaneamente com os espaços internos articulares.

Foi desafiador e ao mesmo tempo abstrato criar um diálogo entre as posições da seqüência com a idéia de neutralizar um corpo a fim de obter um maior conhecimento de mim mesma. Não digo que meu corpo era um corpo insensível, mas com essas posições exercitei uma atenção corporal com o trabalho de direcionamento de vetores opostos que objetivam a ampliação dos espaços internos e externos a ponto de gerar uma sensação de volume.

O que essa sensação de volume me provocava?

Sentia um alongamento da coluna sem compressão e interferência do abdome. No fim do exercício a sensação de bem estar e organização que o corpo experimentava era surpreendente. A seqüência que mais me trouxe essa sensação de alinhamento e organização era a do arco transverso.

Conhecemos uma pincelada de outras práticas somáticas como a Eutonia, algumas posições do Tai Chi Chuan, o método do brasileiro Klauss Vianna e o Pilates. Em todas essas práticas a atenção as posições é imprescindível para uma sensibilização em busca da organização do corpo.

As seqüências do Tai Chi foram bem curiosas pra mim, pois eram posições com grande foco na respiração e concentração. No começo sentia uma ansiedade para finalizar o exercício, mas aos poucos fui introjetando a consciência do corpo na minha mente a ponto de sentir um estado de tranqüilidade presente.

Pude compreender gradualmente minhas conquistas sobre o aprendizado através do corpo por meio das leituras dos textos que eram muito esclarecedoras. Unir a prática com a teoria foi uma forma de investigar meu corpo na busca da re-organização e transformação de posturas adquiridas ao longo dos anos.

Pontuo dois exercícios que considero como importantes e marcantes no meu processo de percepção corporal por mudarem minha forma de sensibilização da amplitude do meu corpo.

No primeiro foi o do saco de pano, em que entrei no saco de um tecido parecido com uma tela, fiquei fixa na posição do arco transverso do Bertazzo, dois colegas seguravam as pontas do tecido como se fosse uma rede e movimentavam minha coluna de um lado para outro. Senti um incrível relaxamento na lombar, mas ao mesmo tempo um equilíbrio do tônus de forma a organizar todos os espaços internos do meu corpo.
















O segundo exercício que saliento como importante é o da manipulação da base da coluna que fizemos em dupla com massagem facial com o colega deitado com duas bolas como suporte nos ísquios, para depois manipular sua cabeça sem estar em contato com o chão de um lado para outro relaxando a base da coluna. Sentir o contato do outro fazia incrivelmente a diferença do exercício, segundo que a manipulação da cabeça fora do chão além de me relaxar profundamente, pude ter uma atenção maior na base da coluna.

Esse semestre foi interessante porque peguei três disciplinas relacionadas com corpo e que trabalham este de formas totalmente diferentes: Educação somática, Consciência Vocal e Ginástica Olímpica. Interessante que exercitei em obter um distanciamento mais ao mesmo tempo uma aproximação com atenção para compreender provocações e as particularidades de cada uma delas, o que me auxiliou na compreensão das possibilidades que o corpo nos permite descobrir.